Um dia de cuidado, doçura e transformação

Recentemente, vivi um dos dias mais significativos da minha trajetória: participei como voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Lajeado, uma organização local liderada por mulheres incrivelmente fortes que oferecem apoio a pacientes em tratamento do câncer, em especial aquelas que enfrentam o câncer de mama, na minha cidade natal, no Brasil.

Foi um dia simples, mas impactante e cheio de significado.

Começar com carinho

A manhã começou na cozinha de casa, onde preparei biscoitos caseiros para levar ao hospital. Junto com eles, imprimimos as receitas para quem quisesse replicar o gesto em casa e também pequenas mensagens com palavras de encorajamento. Cartõezinhos feitos à mão, dizendo: “Você é forte. Você é amada.”

Queria que cada biscoito levasse consigo um pouco de carinho, como um lembrete silencioso de que essas mulheres não estão sozinhas.

Compartilhar presença

Ao lado das voluntárias da Liga, fomos até o Hospital Bruno Born para visitar pacientes em tratamento. Foi a primeira vez que estive cara a cara com pessoas vivendo o câncer. Entramos nas salas de quimioterapia e radioterapia, onde encontramos pacientes de todas as idades, em diferentes momentos da jornada. Alguns cansados, outros dispostos a conversar.

Foi impossível não me emocionar. Cada olhar, cada sorriso, carregava uma história. Ali percebi algo simples, mas profundo: às vezes, o que mais conforta não é o que se diz, mas o que se sente. Às vezes, tudo o que alguém precisa é um olhar gentil, um gesto delicado.

Naquele momento, entre sorrisos e silêncio, a mensagem estava ali: “Você importa. E nós estamos aqui por você.”