Sou o que chamam de Third Culture Kid, ou “criança de terceira cultura”.
Pessoas que crescem entre culturas diferentes daquela dos pais e do país onde nasceram. Isso significa que minha vida foi, por muito tempo, feita de tentativas: de entender, de me adaptar, de pertencer.
A escola, os grupos de amigos, os aniversários e até os silêncios entre uma língua e outra me ensinaram que o sentido de pertencimento não é algo pronto, ele se constrói, dia após dia, quando a gente encontra um lugar (ou uma causa) onde nosso jeito de ser faz sentido.


Venho de uma família de engenheiros e empreendedores. Desde pequena, entendi o valor de olhar para os problemas com senso crítico e empatia e buscar soluções que façam a diferença para o outro. Aprendi a pensar de forma prática, mas também a sentir com profundidade.
Hoje, aos 17 anos, percebo que talvez eu nunca me encaixe em uma cultura só.
E tudo bem. Porque, na verdade, eu pertenço ao grupo de pessoas que querem transformar o mundo num lugar mais sustentável, consciente e gentil. Um grupo que não se define pela origem, mas pelo propósito.
Carrego comigo o melhor das três culturas que fazem parte de mim:
— do Brasil, aprendi a alegria de viver, a paixão pelo que faço e o amor que se coloca nos pequenos gestos.
— da China, trago o respeito, a escuta antes da fala, a atenção aos detalhes e a humildade no trabalho.
— dos Estados Unidos, levo o senso de justiça, o espírito de serviço, o compromisso com o coletivo e a coragem de fazer o certo.
Esse é o meu ponto de partida. Ainda tenho muito a aprender, e quero seguir nessa jornada com leveza, responsabilidade e coração aberto.
Obrigada por estar aqui. 💛
